Presentes na imprensa brasileira desde 1995, as caricaturas de Leo Martins transpõem a semelhança óbvia com um estudo subjetivo cuidadoso sobre a individualidade física e psicológica do personagem, ilustrado com o rigor gráfico e a sofisticação estética que lhe servem de pano de fundo: seus desenhos que remetem à elegante linhagem dos mestres J. Carlos, Nássara e Cássio Loredano estamparam páginas e capas de várias das mais prestigiadas publicações do país, mas foram também as limitações técnicas impostas por uma longa contribuição com os websites jornalísticos 'NO.' e 'No Mínimo' que ajudaram a definir a síntese empregada nos 7 anos de co-autoria da agora extinta coluna 'Sinais Particulares' na página 2 do jornal 'O Estado de S. Paulo, sua mais reconhecida colaboração até o momento.
Abraçar uma carreira paralela pareceu um passo natural em sua evolução, e assim desde 2008 divide seu tempo entre duas mídias historicamente concorrentes mas que descobriram importância complementar em seu trabalho: contratado como fotógrafo pelo notório jornal 'O Globo' no Rio de Janeiro, não por acaso seu interesse mais especial está no retrato – é onde as duas artes mais se aproximam e desfrutam do mesmo olhar e senso crítico. Assim como na falsa economia de suas caricaturas de personagens das artes, dos esportes, da política e da mídia em geral, a fotografia editorial de Leo Martins evidencia a limpeza, a objetividade e a sutileza que pontuam toda sua produção. Suas imagens são despidas da informação desnecessária em favor do que é imprescindível ao equilíbrio preciso dos conteúdos visual e conceitual.